Madrugada, a mais escura e impenetrável das noites. Fazia muito frio. Uma neblina espessa e opaca invadia todo o espaço. A luz fina que vinha do céu era coberta pelas nuvens carregadas.
Ele estava só. Caminhava pela noite fria. Era sempre assim. Seu caminho era sempre solitário. Andava sem rumo. O destino não lhe importava mais, sabia apenas que precisava continuar.
Nenhuma direção estava certa, nenhum dos caminhos era conhecido. Era impossível ver qualquer coisa naquela noite. Ele continuava a seguir. Não interessava aonde iria, só queria chegar ao fim.
A neblina úmida e pastosa só aumentava o frio que estava sentindo. Pensava estar em uma espécie de limbo. Apenas os arranhões que o contato com a vegetação lhe causava, faziam-no lembrar-se de que ainda estava vivo.
Os primeiros sinais de cansaço se fizeram notar. Ele parou ofegante agarrado a algo que parecia ser um galho. Os pensamentos que giravam em sua cabeça perturbada rodavam e embaralhavam-se.
Ele se lembrava de coisas, lugares, rostos, sons. Lembrava-se de um passado que queria esquecer. Sentia a dor seca e profunda do passado que voltava à tona. Fechou sofregamente os olhos, como que para espantar seus fantasmas. Abriu-os novamente, assustado. Continuou a andar.
Ele se recusava a fazer as velhas perguntas. Sabia que não haveriam respostas. Ele queria apenas chegar ao fim. Sentia-se sugado para dentro daquela madrugada sombria e sem sentido. Tinha certeza de estar sozinho, mas ouvia sons. Eram agudos e irritantes, invadiam seus ouvidos. Estava certo de que os ouvia. Sons que só podem ser produzidos por pessoas. Mas, ali não haviam pessoas. Ele tremeu.
O que estava a ouvir eram risadas, gargalhadas de um escárnio infernal, dirigidas a ele.
Os sons multiplicavam-se inexplicavelmente. Era como se uma multidão estivesse a sua volta. Uma multidão de malditos. Riam cada vez mais alto. Era um riso sarcástico e cruel.
Sentia a multidão cada vez mais próxima de si. Por vezes, os sons pareciam mesmo estar já dentro de sua cabeça. Ele teve medo. O terror das gargalhadas paralisara-o. Estava perdido. Mas ele não podia parar. Algo mais forte que ele o impelia para frente. Precisava chegar ao fim.
Acelerou o ritmo, estava quase correndo. Sentia-se exausto. A cada passo seu as gargalhadas pareciam aumentar. Estavam por todos os lados. A escuridão não permitia que enxergasse sequer um palmo a sua frente, mas ele sabia que a multidão apontava seus dedos funestos em sua direção. Aquela risada maldita era insuportável.
Ele caiu, novos ferimentos surgiram. Ele não podia parar agora. Levantou-se, correu. As gargalhadas o perseguiam. Não havia como fugir. Estava perdido.
A noite estava muito escura. A madrugada era muito fia. A neblina úmida era muito espessa. Não havia caminhos. Não havia mais nada a fazer. Ele estava exausto, não restava mais força alguma em seu corpo. Já não podia agüentar aqueles sons amaldiçoados. Decidiu entregar-se à multidão maldita.Ele parou, abriu seus braços e lançou um olhar suplicante na direção do céu negro. A multidão o alcançou. As gargalhadas se tornaram ensurdecedoras. Ele estava perdido. A dor mas profunda e lancinante apossou-se dele. Foi preciso apenas alguns segundos para que a multidão o devorasse.As gargalhadas cessaram. A noite escura e fria retornou ao seu silencia de morte. Ele, finalmente, conseguiu encontra seu fim.
Ele estava só. Caminhava pela noite fria. Era sempre assim. Seu caminho era sempre solitário. Andava sem rumo. O destino não lhe importava mais, sabia apenas que precisava continuar.
Nenhuma direção estava certa, nenhum dos caminhos era conhecido. Era impossível ver qualquer coisa naquela noite. Ele continuava a seguir. Não interessava aonde iria, só queria chegar ao fim.
A neblina úmida e pastosa só aumentava o frio que estava sentindo. Pensava estar em uma espécie de limbo. Apenas os arranhões que o contato com a vegetação lhe causava, faziam-no lembrar-se de que ainda estava vivo.
Os primeiros sinais de cansaço se fizeram notar. Ele parou ofegante agarrado a algo que parecia ser um galho. Os pensamentos que giravam em sua cabeça perturbada rodavam e embaralhavam-se.
Ele se lembrava de coisas, lugares, rostos, sons. Lembrava-se de um passado que queria esquecer. Sentia a dor seca e profunda do passado que voltava à tona. Fechou sofregamente os olhos, como que para espantar seus fantasmas. Abriu-os novamente, assustado. Continuou a andar.
Ele se recusava a fazer as velhas perguntas. Sabia que não haveriam respostas. Ele queria apenas chegar ao fim. Sentia-se sugado para dentro daquela madrugada sombria e sem sentido. Tinha certeza de estar sozinho, mas ouvia sons. Eram agudos e irritantes, invadiam seus ouvidos. Estava certo de que os ouvia. Sons que só podem ser produzidos por pessoas. Mas, ali não haviam pessoas. Ele tremeu.
O que estava a ouvir eram risadas, gargalhadas de um escárnio infernal, dirigidas a ele.
Os sons multiplicavam-se inexplicavelmente. Era como se uma multidão estivesse a sua volta. Uma multidão de malditos. Riam cada vez mais alto. Era um riso sarcástico e cruel.
Sentia a multidão cada vez mais próxima de si. Por vezes, os sons pareciam mesmo estar já dentro de sua cabeça. Ele teve medo. O terror das gargalhadas paralisara-o. Estava perdido. Mas ele não podia parar. Algo mais forte que ele o impelia para frente. Precisava chegar ao fim.
Acelerou o ritmo, estava quase correndo. Sentia-se exausto. A cada passo seu as gargalhadas pareciam aumentar. Estavam por todos os lados. A escuridão não permitia que enxergasse sequer um palmo a sua frente, mas ele sabia que a multidão apontava seus dedos funestos em sua direção. Aquela risada maldita era insuportável.
Ele caiu, novos ferimentos surgiram. Ele não podia parar agora. Levantou-se, correu. As gargalhadas o perseguiam. Não havia como fugir. Estava perdido.
A noite estava muito escura. A madrugada era muito fia. A neblina úmida era muito espessa. Não havia caminhos. Não havia mais nada a fazer. Ele estava exausto, não restava mais força alguma em seu corpo. Já não podia agüentar aqueles sons amaldiçoados. Decidiu entregar-se à multidão maldita.Ele parou, abriu seus braços e lançou um olhar suplicante na direção do céu negro. A multidão o alcançou. As gargalhadas se tornaram ensurdecedoras. Ele estava perdido. A dor mas profunda e lancinante apossou-se dele. Foi preciso apenas alguns segundos para que a multidão o devorasse.As gargalhadas cessaram. A noite escura e fria retornou ao seu silencia de morte. Ele, finalmente, conseguiu encontra seu fim.
7 comentários:
bem escrito. bacana. haja criatividade pra tanto conto!
Interessante o texto. No fundo, há a análise da mente humana.
Huhuhu adoro tuas descrições, fazem com que a gente consiga entrar no clima do conto, consiga sentir o que se passa.
Madrugadas escuras, frias e nebulosas sempre exerceram um estranho fascínio sobre mim.
Desespero.. insanidade... angústia, dá pra sentir tudo isso aí.
;*
Cara sinistro muito bom!
isso mi deu arrepios!
hehe
flw um abraço!
Obs: teu blog muito bom!vc escreve muito bem!
muito maneiro cara
parece com os meus sonhos sombrios
mas eu n tive paciencia p/ ler tudo. me diz: o q aconteceu no final?
agora eu acabei de ler tudo
mto violento kara
mas onde tirou inspiraçao p/ a historia?
foi num jardim de infancia?
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